Nos últimos anos tivemos vários exemplos de sucesso e de insucesso em ações contra a corrupção. Na operação “Mensalão” tivemos o juiz Barbosa que lutou (de seu jeito e com características próprias) para levar para prisão um grande número de políticos e empresários. Agora estamos vendo o juiz Moro (com outro estilo) aplicar a lei e condenar dezenas de empresários e políticos. Como podemos ver nestes dois exemplos e em diversos outros, o que determina o sucesso é a presença de líderes fortes que estabelecem metas poderosas e que sabem onde querem chegar. Junta-se a isso equipes comprometidas de delegados da Polícia Federal e procuradores em um trabalho longo, minucioso e incansável.

Quando alguns políticos não querem que alguma investigação ande ou que seja concluída com pouco ou quase nenhum sucesso eles propõem a abertura de uma CPI.

Coloque um “líder” de pouca expressão, deputados de diferentes partidos, que visem apenas as próprias carreiras, pouco alinhados entre si e teremos traçado o caminho da Pizzaria.

Alguém se lembra:

2012 CPI das Telefônicas?
2012 CPI do Cachoeira? Se pesquisarmos veremos que ela foi concluída, mas de fato quais as ações tomadas além da prisão do Sr. Cachoeira?
2009 CPI da Dívida Pública? Foi concluída, mas alguém sabe qual o resultado além do aumento estratosférico da dívida nos dias atuais?
2009 CPI MST? Esta CPI também foi concluída…
1993 CPI das Empreiteiras (???). O então senador Pedro Simon tentou implantar sem sucesso a CPI que poderia ter detectado os problemas que levaram a atual operação Lava Jato.

Se traçarmos um paralelo com as nossas empresas teremos:

Não a basta apenas termos processos empresariais definidos, produtos de qualidade ou marcas fortes para termos sucesso empresarial.
O Sucesso só é obtido quando temos, além de processo, produto e marca, um líder comprometido e uma equipe de alto desempenho com pessoas totalmente engajadas e que acreditam ser possível vencer com base em trabalho e dedicação extrema. Esta equipe deve colocar a visão e a perpetuação da empresa acima de seus objetivos e interesses pessoais cabendo à liderança fazer o alinhamento de todos com as metas da empresa.

As empresas correm risco quando criam grandes grupos de trabalho com muitas reuniões, pessoas pouco comprometidas que enxerguem apenas ganhos pessoais e uma liderança com pouco poder de decisão.

Algumas grandes lições da Lava Jato:

1. Mostrar ao povo brasileiro (e principalmente para a nossa juventude) que, embora estejamos no meio de uma grande crise de VALORES, ainda temos pessoas honestas e comprometidas que acreditam que podem construir um país melhor;
2. Deixar claro para as empresas que os riscos e os custos da corrupção estão crescendo e que em pouco tempo poderão ficar muito caros moral e financeiramente;
3. Que a justiça, embora deixe a desejar em algumas ocasiões, pode ser feita quando temos pessoas honestas que façam com que as leis sejam cumpridas.

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A charge que ilustra este artigo foi baseada na que pode ser encontrada neste endereço.