Como Aécio perdeu as eleições Presidencias de 2014

out 27, 2014 | por Heitor Bergamini | Artigos

“SÃO PAULO RETRATA DE FORMA MAIS CLARA O SENTIMENTO DA MINHA ALMA E DO MEU CORAÇÃO” – Aécio Neves

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Ontem ao escutar o agradecimento de Aécio Neves ao povo brasileiro logo após a divulgação do resultado da eleição presidencial de 2014 fiquei intrigado.
Por que ele fez uma menção especial ao povo de São Paulo? Por que não agradeceu ao povo de Minas, afinal Minas Gerais é asua terra natal, terra de Tancredo.

Por curiosidade fui checar os números:

Total de votos no Brasil
 

Dilma teve 54,5 milhões de votos
Aécio obteve 51 milhões de votos

Em Minas Gerais os 11, 4 milhões de votos foram assim distribuídos

Dilma teve 6,0 milhões = 52,5% dos votos válidos
Aécio com 5,4 milhões = 47,5% dos votos válidos

Em São Paulo

Dilma obteve apenas 35,5% dos votos válidos
enquanto Aécio obteve 64,5% dos votos válidos

Se o povo mineiro tivesse tido a mesma generosidade que os paulistas tiveram com Aécio teríamos os mesmos 11,4 milhões de votos assim distribuídos:

64,5% para Aécio = 7,4 milhões de votos
35,5% para Dilma = 4,1 milhões de votos

ou seja:

A totalização de Dilma seria:
54,5 milhões de votos menos os 6 milhões que ela obteve em Minas = 48,5 milhões + 4,1 milhões que ela obteria aplicando-se o % de SP.
Ou seja, Dilma teria totalizado 52,6 milhões de votos válidos.
A totalização de Aécio seria:
51 milhões de votos menos os 5,4 mihões que ele obteve em Minas = 45,6 milhões + 7,4 milhões que ele teria se fosse aplicado o % de 64,5% dos votos de São Paulo.
Ou seja, Aécio Neves teria 53 milhões de votos.

Se o povo de minas tivesse acreditado em Aécio como os Paulistas acreditaram, hoje Aécio Neves seria o nosso Presidente Eleito.

A pergunta que fica é:
Por que minas “virou as costas” para o Senador, Deputado Federal e duas vezes Governador Aécio Neves?
Acredito que só o tempo haverá de responder esta questão. Daqui a 4 anos veremos se minas tinha razão.
Torço sinceramente para que Dilma faça um governo de mudança embora acredite que a disposição do PT mudar a forma de governar seja praticamente nula.

Continuará aparelhando a máquina do Estado, fazendo conchavos com os partidos da “base”, com uma política “assistencialista”, baixo crescimento, com uma contabilidade “criativa”.

Quanto a Aécio Neves tenho apenas duas coisas para lhe dizer:
Espero que faça a mais dura oposição no Senado Federal durante os próximos quatro anos e que terá novamente o meu voto nas próximas eleições.